Blog

Brasileira vence um dos maiores prêmios da ciência mundial

A capixaba estuda a natureza da expansão acelerada do universo usando dados de alguns dos telescópios mais poderosos já construídos

 

Astrofísica brasileira irá estudar novos dados para determinar a constante do Hubble, telescópio espacial | Foto meramente ilustrativa

 

A astrofísica capixaba Marcelle Soares-Santos foi reconhecida pela Fundação Alfred P. Sloan, que desde 1955 escolhe os mais talentosos jovens cientistas para receber a premiação. Agora ela é considerada uma das melhores cientistas do mundo, aos 37 anos. A bolsa é de US$ 70 mil – quase R$ 300 mil – para gastar de qualquer maneira que o bolsista julgar melhor em seu trabalho.

Marcelle Soares-Santos estuda a natureza da expansão acelerada do universo usando dados de alguns dos telescópios mais poderosos já construídos.

A caminhada da brasileira

Nascida em Vitória, Marcelle se formou em física na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e fez mestrado e doutorado em astronomia na Universidade de São Paulo (USP). Hoje é professora assistente de Física na Universidade Brandeis, nos Estados Unidos.

A astrofísica coordena uma equipe no Fermilab, um dos mais renomados centros de pesquisa em física de partículas, que ajudou a detectar uma fusão de estrelas de nêutrons pela primeira vez e atualmente está ajudando a criar um método novo para determinar a constante de Hubble.

Ela chegou ao Fermilab em 2010 para um estágio de pós-doutorado e auxiliou na construção de um dos maiores detectores de luz já construídos: uma câmera de 570 megapixels que está instalada em um telescópio no Chile para mapear 300 milhões de galáxias no projeto Dark Energy Survey (DES).

Reconhecimento com prêmio

“Os Sloan Fellows se destacam pela criatividade, pelo trabalho duro, pela importância dos problemas que enfrentam e pela energia e inovação com as quais lidam com eles”, disse Adam F. Falk, presidente da fundação Sloan em um comunicado. “Ser Sloan Fellow é ser da vanguarda da ciência do século 21.”

Para se ter uma ideia da importância do prêmio, 47 dos vencedores da bolsa foram posteriormente reconhecidos pelo Nobel. “É uma honra receber a Bolsa de Pesquisa Sloan”, disse Marcelle Soares-Santos. “Encontrar-me ao lado das pessoas de destaque que foram reconhecidas ao longo dos anos é o que me deixa mais orgulhosa com esse prêmio.”

Aluna brasileira cria plástico feito de maracujá e ganha prêmio

Outra brasileira em destaque é a estudante Juliana Davoglio Estradioto, que criou um filme plástico feito a partir da sobra do maracujá. Com o trabalho, ela ganhou o primeiro lugar no 29º Prêmio Jovem Cientista, promovido pelo CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico – em outubro do ano passado.

O projeto já havia sido premiado em uma competição para estudantes nos Estados Unidos. Como já mostramos no blog, Juliana pretende criar uma alternativa para os sacos plásticos, ou isopor, empregados como suporte de mudas de plantas. Produzidos a partir de petróleo, os materiais utilizados hoje em dia levam cerca de 400 anos para se decompor.

Redação por Lohrrany Alvim

26/02/2019 – 11h12

> Voltar

© Copyright 2018 - Fundação Cristã Espírita Cultural Paulo de Tarso / Rádio Rio de Janeiro

Tsuru Agência Digital
Desenvolvido pela