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Ciência: Proteína que pode evitar quimioterapia em tratamento de câncer é descoberta na Itália

Este novo processo pode ajudar no tratamento de diversas doenças.

Por: Adriano Dias
01/11/2020 – 08h46


Especialistas consideram um avanço importante para as terapias oncológicas. (Foto reprodução Internet)

Quem enfrenta a batalha contra o câncer sabe da importância do tratamento através da quimioterapia é um dos principais tratamentos utilizados para combater o câncer. Neste processo existem inúmeros tratamentos utilizados para, na visão dos especialistas, exterminar ou controlar as células danosas. Porém, como tudo no mundo, podemos observar futuramente uma evolução no tratamento desta doença que leva precocemente inúmeras pessoas.

Esta boa nova vem do Instituto De Bellis de Castellana, na região italiana de Puglia. Os profissionais desta empresa detectaram uma proteína que pode evitar a quimioterapia. A informação foi divulgada pelo site Positizie e compartilhada pelo site Só Notícia Boa. Os especialistas consideram um avanço importante para as terapias oncológicas e promete revolucionar os tratamentos para vários tipos de câncer, incluindo câncer de mama, cólon, ovário e pâncreas. Sob a liderança do professor Cristiano Simone e apoiada pela Airc Foundation em colaboração com o NIH dos Estados Unidos, o estudo foi publicado na conceituada revista Science. Simone relata que esta descoberta expande a chamada ‘letalidade sintética’, que permite a morte direcionada apenas das células cancerosas, poupando as saudáveis.

O processo do gene

Segundo a publicação, durante o período de pesquisa, os cientistas descobriram o papel do gene SMYD3, que produz uma das proteínas envolvidas no reparo do nosso O DNA. Ao bloquear esse gene de forma direcionada, as células cancerosas são incapazes de reparar seu DNA e morrer. Na oncologia, isso permite o aumento da possibilidade de intervir com terapias que matam apenas células cancerosas e evita a destruição do tapete de células saudáveis ​​e doentes, induzida pela quimioterapia – em vários casos de câncer. Com a criação desta proteína, este processo pode ser aplicado em grupos significativos: em 15% dos casos de câncer de mama, 15% dos casos de câncer de ovário, 11% dos casos de câncer de cólon e 10% dos casos de câncer de pâncreas. Ainda de acordo com o estudo, o gene é conhecido há vários anos, mas até agora ninguém havia entendido sua função, ou seja, reparar células, tanto saudáveis ​​quanto cancerosas.

Tratamento pode vir em um ótimo momento

A notícia vinda da Itália vai ao encontro com um recente relatório que ainda preocupa os especialistas. Segundo a Agência Internacional de Investigação sobre o Câncer, uma em cada seis mulheres e um em cada cinco homens desenvolveram algum tipo de câncer.

O estudo indica que a doença é a causa da morte de uma em casa onze mulheres e um em cada oito homens. Junto a estes índices, o comunicado também alertou para o avanço da doença no mundo: nos últimos cinco anos, cerca de 43,8 milhões de pessoas foram  diagnosticadas com algum tipo de câncer. Só no Brasil, a expectativa é de  um aumento em 78,5% dos casos de câncer até 2040, um dos maiores crescimentos entre as principais economias mundiais. De acordo com o levantamento, nosso país deve atingir 559 mil novos casos, com 243 mil mortes neste ano. Para 2040, a projeção é de 998 mil novos casos de câncer no Brasil. Só nos resta esperar para ver o avanço desta pesquisa italiana e torcer para que esse prognóstico não se confirme.

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