Blog

Pesquisadores desenvolvem curativo que pode detectar Covid-19

O projeto identifica a temperatura corporal, a frequência, a intensidade e os sons da tosse e da respiração.

Por: Lohrrany Alvim
23/07/2020 – 10h05
O adesivo é um objeto emborrachado, macio e flexível que deve ser colado no pescoço.
O curativo é um objeto emborrachado, macio e flexível que deve ser colado no pescoço.

 

Apesar do momento crítico que o Brasil e o mundo estão enfrentando, a Rádio Rio de Janeiro está sempre buscando levar para você notícias positivas. Em meio à pandemia do novo coronavírus, diversos projetos estão surgindo para ajudar na prevenção e propagação da doença. Pensando nisso, pesquisadores criaram um curativo, parecido com o band-aid, que promete detectar os primeiros sintomas da Covid-19.

O curativo adesivo foi desenvolvido por cientistas da Northwestern University, nos Estados Unidos. Trata-se de um objeto emborrachado, macio e flexível que deve ser colado no pescoço. O diferencial desse projeto é que ele detecta a temperatura corporal, a frequência, a intensidade e os sons da tosse e da respiração.

Por estar posicionado próximo da artéria carótida, o curativo também consegue captar a passagem de fluxo sanguíneo, monitorando a frequência cardíaca. Outro ponto positivo é que o objetivo mede os níveis de oxigênio no sangue, cuja queda é um dos primeiros sinais da doença.

Apesar de todas as funções, ele ainda está em fase de testes. O aparelho terá de ser aperfeiçoado para que diferencie alguns sinais, como uma tosse asmática de uma tosse causada pelo novo coronavírus. O protótipo deve ser enviado à agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA no final de julho.

 

Smartwatch contra a Covid-19

Como falamos no começo da matéria, diversos projetos estão surgindo em meio à pandemia do novo coronavírus. Alguns estão sendo criados, outros estão sendo adaptados. Pensando em outra solução, os smartwatches, ou marcadores de pulso, são uma aposta de médicos pelo mundo.

Michael Snyder, diretor do Centro de Genômica e Medicina Personalizada da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, está fazendo testes com esses aparelhos. Um paciente que estava sendo monitorado mostrou um aumento na frequência cardíaca nove dias antes de receber o resultado positivo de Covid-19. Essa mesma situação ocorreu com outros 30 usuários, que mostraram picos de frequência, em média, quatro dias antes do surgimento de outros sintomas comuns da doença.

Na Alemanha, foi criado um aplicativo para smartwatch que monitora a propagação da Covid-19. Criado pelo Instituto Robert Kohc (RKI), o app “Corona Datesnspende” (Doação de dados Corona em tradução literal) permite que usuários com dispositivos Apple Watch ou pulseiras inteligentes compartilhem dados sobre os sintomas da doença.

O aplicativo é gratuito e registra informações como código postal do usuário, idade e peso. Além disso, ele é capaz de coletar alterações nas atividades diárias, durante sono, na frequência cardíaca e também na temperatura corporal. Esses dados vão servir para rastrear a propagação do vírus na Alemanha.

 

Iniciativa brasileira

O Brasil possui uma ideia semelhante, mas com execução diferente. Enquanto a Alemanha vai rastrear apenas quem possua um smartwatch e concorde em enviar os dados, por aqui, as principais operadoras do país vão ajudar o Governo Federal na coleta das informações. Os dados serão referentes ao deslocamento dos usuários. A ideia é criar mapas de calor para identificar quais locais podem ser possíveis focos de propagação da doença.

Veja também: UFRJ desenvolve teste de detecção da Covid-19 de baixo custo

> Voltar

© Copyright 2018 - Fundação Cristã Espírita Cultural Paulo de Tarso / Rádio Rio de Janeiro

Tsuru Agência Digital
Desenvolvido pela