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França treina cães para identificar pessoas infectadas por coronavírus

Por: Lohrrany Alvim
02/02/2021 – 11h25
Animais podem identificar 95% dos casos positivos de Covid-19.(Foto Reprodução Internet)

 

Um ano se passou e diversos métodos para detectar o novo coronavírus foram criados. Agora, uma forma inusitada e super fofa está sendo utilizada na França. O pastor belga Eliot está, há um mês, treinando para identificar a Covid-19 no suor humano em um programa desenvolvido no sudoeste do país. Originalmente, o cão é treinado para encontrar o rastro de criminosos e pessoas desaparecidas.

Assim como o Eliot, o labrador Marvel e três outros pastores belgas e alemães, todos membros das brigadas caninas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, treinam para conter a pandemia na França. Trata-se de um “jogo” de farejar por 10 minutos o suor das axilas de pessoas no início da infecção por Covid-19. Desde o dia 4 de janeiro chegam quase todos os dias amostras de suor do Centro Hospitalar Universitário (CHU) de Bordeaux para os cães, treinados em Libourne.

“Eles detectam matéria orgânica de degradação derivada da infecção”, explica Pierre-Marie Borne, referência do laboratório mundial Ceva Santé Animale.

 

Como funciona

Na análise, os cães colocam os focinhos em uma fileira de cones de metal. Dentro de dois desses funis há duas amostras diferentes de suor retiradas de pacientes com Covid-19. Nessa hora, ao colocar os focinhos nos recipientes que contêm as amostras, eles acenam os rabos.

 

95% dos casos detectados

Batizado de Cynocov, este projeto se baseia no método Nosais Covid-19, desenvolvido pelo professor Dominique Grandjean da Escola Nacional de Veterinária Maisons-Alfort (próximo a Paris). Ele chega para enriquecer a imensa “biblioteca olfativa” dos cães, desde então utilizada para a detecção de certos tipos de câncer.

“Os cães podem detectar 95% dos casos positivos de covid-19 em média”, afirma o professor.

 

Fase de testes

O novo método já está sendo testado na Córsega, ilha francesa do Mediterrâneo, e de acordo com os responsáveis pelo projeto, 40 países estão trabalhando no assunto.

Após seis a oito semanas de treinamento, a capacidade dos cães deve ser demonstrada em um teste clínico antes de uma possível implantação da ferramenta. O objetivo do projeto é “testar seu desempenho em diferentes tipos de amostras, que se referem a diferentes áreas da doença, seja a capacidade de detectar formas graves ou não graves, contagiosas ou menos contagiosas, sintomáticas ou assintomáticas, mas também infectadas com uma variante”.

Em caso de sucesso, a ferramenta será utilizada principalmente para fazer uma pré-seleção de pessoas suspeitas.

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