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Outubro Rosa: Procedimentos menos invasivos reduzem cirurgias em mulheres com câncer de mama

Por: Adriano Dias
01/10/2020 – 16h35
‘Mamotomia” é considerada um dos exames mais assertivos para o diagnóstico da doença. (Foto reprodução Internet)

 

No momento em que a mulher recebe a notícia de que tem câncer de mama, geralmente o diagnóstico vem acompanhado da informação de que ela será submetida a procedimentos cirúrgicos agressivos, como a retirada de um quadrante da mama, ou mesmo a mastectomia radical completa. Apenas por aqui, de acordo com números da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de 70% das mulheres com a doença são submetidas à mamectomia.

Elas alegam falta de acesso a exames preventivos, como mamografias e ultrassonografias, que podem detectar mais cedo a neoplasia e, neste caso, garantir em 95% as chances de cura. Ao longo dos anos, a perda da mama se confirma como o grande pavor da paciente que descobre a doença.

No entanto, como diria tranquilamente a Bela Gil, as mulheres podem substituir as cirurgias diagnósticas por procedimentos menos invasivos graças à tecnologia. Segundo o Coordenador do Departamento de Imagem Mamária da SBM, mastologista Henrique Lima Couto, muitas mulheres têm cirurgias evitadas graças a procedimentos como a Mamotomia.

Este procedimento é um exame parecido com uma biópsia convencional, só que feito com uma agulha à vácuo, que literalmente “suga” o nódulo ou calcificação, alvos da investigação.

“Este exame tem substituído cirurgias diagnósticas convencionais popularmente conhecidas como “agulhamento”, que envolvem bloco cirúrgico, anestesia geral venosa, com mais riscos e que deixam cicatrizes. Na Mamotomia, a incisão é do tamanho da agulha, com anestesia local, feita ambulatorialmente, trazendo grande comodidade para a paciente, resultados rápidos e precisão no diagnóstico”, explica.

 

Cirurgia não perdeu a relevância

Henrique Lima Couto detalha também que, as cirurgias continuam sendo de extrema importância, pois existem tumores de difícil acesso. Na clínica onde ele atua – Redimama – foram feitas nos últimos três anos mais de mil “Mamotomias”. Na maioria dos casos, em pacientes que iriam para mesa de cirurgia e que foram poupadas.

O especialista explica ainda que, mesmo no bloco cirúrgico e com o intuito de preservar as mamas, médicos têm adotado novas técnicas para retirar tumores pela borda da aréola e mamilo ou pelo sulco mamário, com menor risco de complicações e melhores resultados estéticos.

“Esse tipo de cirurgia evita que a mulher tenha o estigma de uma cirurgia radical, com cicatrizes no meio do seio. Lembrando que esses procedimentos podem ser combinados com a radioterapia, quimioterapia ou hormonioterapia, conforme orientação médica”, enfatiza.

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