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Produtores rurais criam plataforma online para evitar desperdício de alimentos no Rio de Janeiro

Iniciativa surge no momento em que as feiras apresentaram redução das vendas por conta da pandemia de Covid-19.

Por: Adriano Dias
01/08/2020 – 13h47
Atualmente, o Mercado Gaia ajuda cerca de 80 famílias por semana.
Atualmente, o Mercado Gaia ajuda cerca de 80 famílias por semana.

 

O descarte de alimentos é um assunto que preocupa a sociedade como um todo, principalmente quando se observa um crescimento do número de pessoas que sofrem para realizar uma alimentação aceitável para o bem-estar. Diante deste problema, um grupo de produtores rurais do Rio de Janeiro resolveu dar um pequeno passo para reverter esse processo de desperdício alimentar. Eles estão investindo em vendas pela internet para tentar, no mínimo, evitar o desperdício de cerca de 60% dos produtos.

Eles observaram que essas ações estavam sendo frequentes desde o início na pandemia de Covid-19, já que as feiras de rua foram suspensas. Os mercados estavam com menos clientes e muitas pessoas que intermediavam as vendas pararam com as atividades. Coube ao empresário Wanderley Abreu Jr. a iniciativa de elaborar uma página online em que pudesse reunir vários produtores do estado para que eles continuassem suas vendas.

Atualmente, o Mercado Gaia ajuda cerca de 80 famílias por semana. Através do canal, o visitante tem a oportunidade de adquirir cestas montadas com diversos produtos como verduras, legumes e frutas, tudo diretamente dos produtores.  Estas cestas são entregues na casa do consumidor. Entre os benefícios do negócio estão preço mais barato, o sustento dos produtores rurais e a segurança do consumidor, que não precisa sair de casa para receber produtos frescos.

Para o portal G1, Wanderley afirmou que os comerciantes jogavam cerca de 60% dos produtos fora no começo da pandemia. Ainda segundo Wanderley, eles estavam passando necessidade e a venda online, direto para o consumidor final, os salvou disso.

“Agora, mesmo acabando a pandemia, eles vão seguir vendendo desta forma, pois como não tem o lucro do atravessador, o lucro para os produtores fica direto pra eles. É ótimo também para quem compra e paga mais barato”, ressalta o empresário ao G1.

Os produtos chegam à casa do consumidor em no máximo 36 horas após a colheita. Os felizardos ainda possuem a opção de doar cestas para instituições de caridade.

“Nesta crise do coronavírus decidimos ajudar o produtor a escoar sua produção direto do campo para a mesa do consumidor. É um alimento fresco, mais saudável, mais gostoso e cheio de amor e responsabilidade social”, aponta Wanderley.

 

Combate ao desperdício agora é lei

A iniciativa do Wanderley no Rio surge momentos após o tema ser discutido no Congresso Nacional. No último dia 24 de junho, o presidente Jair Bolsonaro sancionou um projeto de lei que combate o desperdício e facilita a doação de alimentos. A lei preenche uma lacuna jurídica, autorizando e incentivando a doação por grandes fornecedores de excedentes para pessoas, famílias, grupos em situação de vulnerabilidade ou de risco alimentar ou nutricional.

De acordo com o texto, a principal alteração é a previsão de que a responsabilidade do doador se encerra no momento da primeira entrega do alimento ao intermediário ou, no caso de doação direta, ao beneficiário final. Já a responsabilidade do intermediário se encerra no momento da entrega do alimento ao beneficiário final. Quer saber mais? Leia a matéria sobre este assunto clicando aqui.

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