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Rio de Janeiro vai iniciar o plantio de mais de 2 milhões de árvores em todo o estado

Iniciativa pode gerar 5 mil empregos já na primeira etapa.

Por: Adriano Dias
13/06/2020 – 14h57
A medida faz com que o Estado do Rio de Janeiro cumpra o Acordo de Paris.
Iniciativa da SEAS do Rio de Janeiro é denominada de “Florestas do Amanhã”.

 

A sustentabilidade registra um grande avanço no Estado do Rio de Janeiro. A Câmara de Compensação Ambiental aprovou o programa “Florestas do Amanhã”. A iniciativa da Secretaria Estadual do Ambiente e Sustentabilidade vai ter a missão de reflorestar 1,1 mil hectares de Mata Atlântica em 20 unidades de conservação e em outras áreas prioritárias espalhadas por todo o território fluminense.

Para se ter uma noção, vão ser 2,5 milhões de árvores plantadas em cidades da Região da Bacia Hidrográfica V, que  abrange os seguintes municípios: Cachoeiras de Macacu, Rio Bonito, Magé, Guapimirim, Itaboraí, Maricá, Niterói, São Gonçalo, Tanguá, Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, São João de Meriti, Nilópolis, Nova Iguaçu e a capital, Rio de Janeiro. Neste projeto, vão ser utilizados recursos do Termo de Ajustamento de Conduta do Comperj, depositados no Fundo da Mata Atlântica. Além do plantio, a iniciativa pode gerar emprego e renda para a população local. A estimativa é que sejam criados até 5 mil empregos na primeira etapa.

De acordo com o secretário estadual da Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade, Altineu Côrtes, a medida faz com que o Estado do Rio de Janeiro cumpra o Acordo de Paris, que prevê a redução da emissão de gases, justamente com o plantio e a recuperação da Mata Atlântica.

“É o amadurecimento da gestão ambiental, afinal os empregos crescem junto com as árvores”, ressalta Côrtes.

 

Cronograma

O início do plantio de reflorestamento vai acontecer nos próximos meses seguindo o calendário agrícola. O planejamento do programa inclui ainda outras regiões hidrográficas nas próximas fases, considerando a importância da restauração de todas as áreas do Estado do Rio de Janeiro.

Participaram da elaboração e aprovação da Câmara de Compensação Ambiental do Fundo da Mata Atlântica a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Instituto Chico Mendes (ICMBio), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA). Os representantes analisaram o projeto apresentado pela Subsecretaria de Conservação da Biodiversidade e Mudanças do Clima da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade.

A iniciativa vinda do Rio de Janeiro pode ser considerada um alento com o que vem acontecendo em outros pontos sustentáveis do nosso país. Segundo um levantamento da ONG SOS Mata Atlântica, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o desmatamento na Mata Atlântica aumentou 27,2% entre 2018 e 2019. Isso significa 14.502 hectares a menos de vegetação nativa em todo o país, a maior perda desde 2016.

Só nos resta torcer para que projetos como esse ganhem força em outros estados para que possamos reverter essa triste estatística e seguir no caminho sustentável que o mundo clama.

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