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Maior usina de energia elétrica que funciona a partir do lixo começa a ser construída na China

Inovadora em termos arquitetônicos, a obra vai ser aberta a visitação | Foto meramente ilustrativa.

 

A maior usina de produção de bioenergia a partir do lixo está sendo construída e deve começar a operar no próximo ano. Ela fica na cidade de Shenzhen, no sul da China, e tem a capacidade de processar cerca de 5 mil toneladas de resíduos por dia.

A nova instalação será capaz de transformar em energia um terço do lixo produzido diariamente pela população da região metropolitana de Shenzhen — onde vivem cerca de 20 milhões de habitantes. A estrutura vai capturar o calor gerado a partir da incineração de resíduos indesejados. Esse calor será usado para acionar uma turbina que gera eletricidade.

A planta também vai produzir energia solar, já que possui cerca de 40 mil m² de painéis solares instalados em seu teto.

Investimento

A China aposta na geração de energia a partir de resíduos. O país tem mais de 300 plantas em operação. O país asiático fez sua capacidade instalada de produção de energia a partir de resíduos crescer 26% por ano nos últimos cinco anos.

No mesmo período, os países da OCDE tiveram aumento médio de 4% por ano na geração. Segundo o Conselho Mundial de Energia (WEC, na sigla em inglês), esse é um setor que terá valor de mercado de cerca de US$ 40 bilhões em 2023.

A obra

As empresas responsáveis pelo projeto são a Gottlieb Paludan e a Schmidt Hammer Lassen, ambas dinamarquesas, que venceram uma competição que selecionava o melhor modelo para a usina. As companhias pretendem fazer do projeto uma referência mundial na produção de energia a partir do lixo, tanto no uso de tecnologia inovadora, quanto para ser exemplo de produção energética mais sustentável, já que a China costuma sofrer com altas taxas de poluição advindas de queima de combustível fóssil em carros e em geração de energia.

A usina será construída numa região montanhosa da cidade chinesa. O teto da usina possuirá um formato circular de 66 mil m² e terá mais da metade (44 mil m²) de sua extensão coberta por painéis fotovoltaicos para gerar energia, o suficiente para manter a usina em funcionamento. Caso os painéis gerem mais energia do que a demanda interna, ela será destinada à cidade.

Negócio da China

A China é o país que possui maior contingente populacional e detém o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos e o para o Japão. Além disso, ela também tem características marcantes em relação ao seu potencial energético.

Em 2010, a China consumia cerca de 14% de toda energia do mundo e possuía uma das maiores reservas de carvão (uma das mais poluidoras fontes de energia) responsável por 70% da distribuição global. Segundo o Banco Mundial, a nação abrigada 20 das 30 cidades mais poluidoras de todas.

Para tentar mudar essa imagem, a China vem investindo muito em formas alternativas de energia. Em 2009, foi feita uma aplicação de 35 bilhões de dólares nesse setor (superando até mesmo os Estados Unidos).

Com esse investimento, o país passou a utilizar, nesse mesmo ano, 9% de toda sua energia como limpa e pretendem alcançar a faixa dos 15% até 2020 (ano de conclusão da usina de Shenzen).

Redação por Jhade Marinho

01/08/2019 – 10h20

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